Madri - A organização separatista basca ETA culpou a polícia francesa pelo tiroteio em que morreu, em 16 de março passado, um agende francês em Dammarie-les-Lys, a 50 km de Paris, em um comunicado publicado neste domingo (4/4) pelo jornal basco Gara, meio de comunicação habitual da ETA.
O comunicado da organização, escrito em basco, diz que a polícia francesa "sequestrou quatro militantes da ETA em um bosque da localidade de Dammarie-l;s-Lys", em alusão aos quatro ativistas suspreendidos pela polícia francesa, após roubarem vários carros em uma concessionária da cidade.
A organização armada assegura que quando seus quatro ativistas estavam "neutralizados", um policial francês "atirou duas vezes contra um militante que estava no chão e sem armas. Embora supostamente tenha sido ;sem intenção de acertar;, isto incidiu diretamente nos acontecimentos posteriores".
Após ouvir os disparos, outros três membros da ETA se aproximaram do local e "fizeram uma clara advertência aos policiais franceses: que jogassem as armas e saíssem dali", acrescentou o comunicado, assegurando que dois policiais foram saindo, enquanto outros tomaram a atitude de enfrentar os ativistas da ETA, "apontando as armas e dando lugar ao tiroteio".
"Assim começou o tiroteio, com os quais anteriormente haviam feito os dois disparos apontando as armas contra os ;gudaris; (soldados em basco, ndr) da ETA. Os militantes da ETA fizeram, no total, 9 disparos. Os policias franceses, muitos mais", acrescentou o comunicado.
No tiroteio morreu o policial francês Jean Serge Nerin, de 52 anos, o primeiro policial francês assassinado pela ETA, e foi detido o suposto ativista da organização separatista Joseba Fernandez Aspurz, de 27 anos.