Johannesburgo - O presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu neste sábado (3/4) calma após o assassinato do líder de extrema-direita Eugene Terreblanche, afirmando que este crime não deve incitar o ódio racial.
"O presidente apela à calma depois deste acontecimento terrível e pede aos sul-africanos que não permitam que agentes provocadores levem vantagem nesta situação ao incitar ou alimentar o ódio racial", destacou o gabinete de Zuma, em um comunicado, divulgado pela agência de notícias SAPA.
A mesma agência havia informado, mais cedo, o assassinato de Terreblanche, militante separatista que pregava uma "pátria de brancos".
O líder de 69 anos do Movimento de Resistência Afrikaner foi atacado e morto em sua fazenda, no nordeste do país, depois de uma briga com dois empregados, sendo um deles menor de idade, por causa de salários não pagos. Os dois foram presos e acusados de assassinato.
"O corpo de Terreblanche foi encontrado na cama com ferimentos na face e na cabeça", informou a porta-voz da polícia, Adele Myburgh.
"Um jovem de 21 anos e outro de 15 anos foram presos e acusados de assassinato. Os dois disseram à polícia que a briga começou porque eles não foram pagos pelo trabalho que fizeram na fazenda", disse a porta-voz.
Os simpatizantes do extremista, caracterizados por usar uniformes cáqui com símbolos semelhantes à suástica, se opuseram violentamente às negociações que levaram à democracia sul-africana.
A campanha deles incluiu ataques a bomba durante as eleições de 1994.
Terreblanche saiu da prisão em 2004 depois de ter sido preso em 2001 por agredir um guarda negro.