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Papa condena aborto e não menciona escândalos de pedofilia

O Papa Bento XVI deu início nesta quinta-feira (1º/4) às celebrações da Páscoa com uma condenação do aborto, mas sem abordar os escândalos de pedofilia na Igreja Católica que abalam vários países europeus, sobretudo a Alemanha, país natal do pontífice, assim como os Estados Unidos. [SAIBAMAIS]Durante uma missa na qual foram abençoados os óleos sagrados utilizados durante todo o ano, dedicada em particular à missão dos padres, o Papa voltou a condenar o aborto. "É importante para os cristãos não aceitar uma injustiça elevada ao grau de direito, por exemplo quando se trata do assassinato de crianças inocentes que ainda não nasceram", declarou na homilia. "Os cristãos, como bons cidadãos, respeitam o direito e fazem o que é justo e bom, mas se negam a fazer o que, nas disposições jurídicas em vigor, não é um direito, e sim uma injustiça", destacou Bento XVI. A nova condenação do Papa ao aborto coincide na Itália com a chegada aos hospitais do país dos primeiros lotes da pílula abortiva RU486, que teve a comercialização autorizada em dezembro após um longo debate no Parlamento. O novo presidente da região de Piamonte, Roberto Cota, um político de direita eleito na segunda-feira, aumentou a polêmica ao afirmar que é a favor da defesa da vida e que a pílula deve ficar nos estoques, sem distribuição em sua região. Bento XVI pediu ainda aos cristãos que sejam pessoas de paz. "Como sacerdotes, devemos ser homens de paz, devemos nos opor à violência e ter confiança no poder maior do amor", afirmou.