O líder do grupo rebelde islamita "Emirado do Cáucaso", Doku Umarov, conhecido como Abu Usman, reivindicou os atentados suicidas de Moscou, anunciou nesta quarta-feira (31/3) o site checheno Kavkazcenter.
"Em um vídeo feito no dia 29 de março de 2010, Doku Umarov declarou que este ataque (ao metrô de Moscou) era uma ação de vingança pelo massacre de habitantes da Chechênia e da Inguchétia, executados pelos militares russos no dia 11 de fevereiro, próximo ao povoado de Archty, na Inguchétia, república do Cáucaso", afirmou o site.
O líder islamita ainda ameaçou a Rússia com novos atentados, segundo o site.
O atentado em Moscou e o de Daguestão, nesta quarta-feira, os primeiros de grande magnitude há vários anos na capital russa, comoveram a opinião pública. As medidas de segurança foram reforçadas em todo o país, incluindo o cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, onde um foguete Soyuz deve ser lançado nesta sexta-feira.
[SAIBAMAIS]"O objetivo dos terorristas é desestabilizar o país, destruir a sociedade civil, semear o pânico na população", disse presidente Dmitri Medvedev. "Não permitiremos isso", acrescentou.
Segundo Medvedev, os atentados de Moscou e Daguestão são "elos de uma mesma rede".
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, havia expressado pouco antes uma ideia parecida: "Não descarto que sejam obra do mesmo grupo", afirmou.
O presidente afirmou que não importa a religião ou a etnia das vítimas, já que os atentados são, antes de tudo, "um crime contra a Rússia".
Putin havia dito na terça-feira que as forças de segurança vão "tirar dos esgotos" os responsáveis pelos ataques de Moscou.