Brasília - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta quarta-feira (31/3) que não há previsão para uma nova colaboração do governo brasileiro no resgate de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele destacou, entretanto, que se houver demanda da Cruz Vermelha Internacional ; responsável pelas mediações ; o país vai atuar ;com a mesma simpatia;.
Garcia disse que a Colômbia, lamentavelmente, é um país onde existe um conflito militar há muitas décadas. ;A Colômbia poderia dar uma contribuição muito maior ao continente se alcançássemos uma solução de paz. Tudo que puder fazer o Brasil fará;, afirmou.
[SAIBAMAIS]Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Brasil em Pauta, Marco Aurélio Garcia lembrou que a proximidade das eleições na Colômbia pode ter influenciado as operações da resgate. ;Imagino que, tanto por parte do governo colombiano como por parte das Farc, essa decisão foi tomada em função das questões que estão em jogo nas eleições;, declarou.
Segundo ele, as operações podem ser ainda sinal de uma nova estratégia por parte da guerrilha em função de ;duros golpes; nos últimos anos. ;Mas ainda é muito difícil examinar completamente o alcance dessa mudança;, disse. ;Gostaríamos que fosse uma mudança que levasse à pacificação da Colômbia, um grande país que tem sido muito prejudicado por esse conflito que já dura décadas;, completou.
Esta semana, militares brasileiros participaram de duas operações na Colômbia que resultaram no resgate do soldado Josué Daniel Calvo Sánchez e do sargento Pablo Emilio Moncayo, ambos mantidos reféns pela guerrilha.