O diplomata israelense expulso por Londres trabalhava na embaixada para o Mossad, o serviço secreto de Israel, e será substituído por outro agente do mesmo organismo, informou a rádio pública.
[SAIBAMAIS]A Grã-Bretanha anunciou na terça-feira (23/3) a expulsão de um diplomata israelense, ao indicar que a "responsabilidade" de Israel ficou comprovada no caso do uso de passaportes britânicos falsos por um esquadrão que assassinou, em janeiro, um dirigente do grupo radical palestino Hamas em Dubai.
Uma fonte do governo de Israel afirmou que o país não pretende retaliar a medida. "A prioridade agora é acalmar o jogo", disse a fonte.
Segundo a rádio pública e o jornal israelense Yediot Aharonot, o diplomata, que de fato era um representante do Mossad na capital britânica, será substituído em breve por outro funcionário do organismo.
A rádio também citou um "alto funcionário" do governo israelense, não identificado, que criticou a Grã-Bretanha.
"A decisão de expulsão é antes de mais nada política, com a aproximação das eleições legislativas de maio. O ministro das Relações Exteriores David Miliband, que há muito tempo tem uma política anti-israelense, quer obter assim os votos dos muçulmanos", disse a fonte.
Mahmud al-Mabhuh, um dos fundadores do braço armado do Hamas, foi encontrado morto em 20 de janeiro em um hotel de Dubai.
A polícia do emirado acusou o Mossad pelo assassinato. Os suspeitos do crime entraram em Dubai com passaportes falsificados britânicos, australianos, irlandês, francês e alemão.