O Departamento de Estado pediu nesta terça-feira (23/3) que a China reflita sobre as "implicações" econômicas da decisão da Google de não se autocensurar no país, ressaltando que o governo Obama não teve participação na decisão da gigante americana da internet.
"Se eu fosse a China, estudaria seriamente as implicações do fato de uma das instituições mais reconhecidas ter concluído que é muito difícil fazer negócios na China (...) Há implicações, mas cabe à China avaliá-las", comentou o porta-voz Philip Crowley. "Apoiamos a liberdade na internet (...) mas a decisão pertence à Google", acrescentou.
[SAIBAMAIS]Pequim considerou nesta terça que a decisão da Google de não se sujeitar mais à censura na China não terá influência nas relações sino-americanas, a menos que exista uma vontade de "politizar" o tema.
A Google, que havia denunciado em janeiro ciberataques provenientes da China, corre o risco de ter que deixar o mercado chinês.
"As questões de propriedade intelectual são um foco de preocupação, nós as mencionamos frequentemente" com Pequim, ressaltou o porta-voz da diplomacia americana, insistindo sempre na importância que os Estados Unidos dão a este tema em suas relações comerciais com a China.