A polícia francesa, que cometeu um erro na sexta-feira, ao apontar como membros do ETA cinco bombeiros espanhóis que estavam de férias, fazendo um curso na França, anunciou neste sábado que o engano não põe em dúvida a responsabilidade do grupo separatista armado basco na morte de um agente na terça-feira passada.
Os cinco bombeiros espanhóis, que figuravam no vídeo de segurança de um supermercado, divulgado na sexta-feira pela polícia, prestaram depoimento na manhã deste sábado numa delegacia perto de Paris, informou à AFP o chefe de polícia, Frédéric Péchenard.
"A priori não se trata de gente do ETA, mas de bombeiros catalães que realizam um curso na França e que se apresentaram voluntariamente", precisou Péchenard.
Mas "isto, de nenhuma maneira, põe em dúvida o envolvimento do ETA", disse Pechénard, reiterando a responsabilidade do grupo separatista armado basco no assassinato do policial.
França e Espanha publicaram ontem um vídeo presumivelmente ligado à morte do policial francês de 52 anos em tiroteio com supostos membros do ETA, numa localidade a 50 km ao sul de Paris.
As imagens mostravam cinco homens fazendo compras num supermercado. Mas seus colegas e familiares os reconheceram quando o vídeo foi divulgado na Espanha e advertiram as autoridades. Já o suspeito detido durante o tiroteio de terça-feira passada está sendo interrogado pela polícia.
Segundo fonte judicial espanhola, o homem detido é Joseba Fernández Aspurz, de 27 anos, procurado por atos de violência urbana, praticados por grupos radicais de jovens separatistas bascos, em março e setembro de 2008.
Os funerais do policial assassinado terça-feira em Dammarie les Lys, a sudeste de Paris, acontecerá nesta terça-feira, na presença do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e do presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.