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Mulher acusada de terrorismo nos EUA proclama inocência

Uma americana apelidada de JihadJane, acusada nos Estados Unidos de recrutar terroristas, declarou-se inocente nesta quinta-feira (18/3), ante uma corte federal da Filadélfia (leste).

Residente no estado da Pensilvânia, Coleen LaRose, de 46 anos, é acusada de "conspiração por fornecer ajuda material a terroristas".

Segundo a promotoria, LaRose, além de outras atividades, também teria arrecadado dinheiro e, afirmando que "apenas a morte a deterá", planejou o asassinato do caricaturista sueco Lars Vilks, acusado pelos muçulmanos de tê-los ofendido por uma charge de Maomé, de 2007.

O julgamento foi marcado para a partir do dia 3 de maio, com a ré podendo pegar prisão perpétua, se considerada culpada. A mulher loura e de baixa estatura sorriu e se mostrou relaxada durante a audiência de menos de dez minutos na qual foi lida a ata de acusação.

Nascida em 1963, LaRose viveu no Texas antes de mudar-se para a Filadélfia. É divorciada e não trabalha. Ela é acusada, também, de recrutar mulheres "com passaporte e a possibilidade de viajar à Europa para contribuir com a Jihad". Também foi acusada de roubar um passaporte americano para ser utilizado em um ataque terrorista.

A promotoria garante que ela recebeu duas mensagens, em março de 2009, de um indivíduo do sudeste asiático, que a instruiu a assassinar o caricaturista sueco. "Mate-o, é isso que digo", dizia a mensagem. "Mate-o de forma que todos os Kufar (não muçulmanos) do mundo fiquem assustados".

"Vou fazer disto meu objetivo até conquistá-lo ou morrer tentando", respondeu supostamente LaRose. A americana se identificava na internet como "FatimaLaRose" e "JihadJane".

Sua página no site de socialização MySpace, apresentada sob o pseudônimo "JihadJane", relata sua conversão ao Islã. Nos Estados Unidos, o caso é considerado um sinal alarmante do aparecimento de ativistas islâmicos não oriundos de comunidades de imigrantes muçulmanos, e nascidos no próprio país. Os especialistas advertem às autoridades americanas que, cada vez mais, os grupos de militantes presentes nos Estados Unidos se misturam à sociedade.

A transformação de LaRose em suposta ativista islâmica "é um de nossos piores pesadelos se tornando realidade", disse Jerrold Post, autor de "A mentalidade do terrorista" e diretor do programa de psicologia política da Universidade George Washington.