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Mais de 1.600 detidos em duas semanas de toque de recolher no Chile

Mais de 1.600 pessoas foram detidas em duas semanas de toque de recolher no centro-sul do Chile, onde os saqueos após o terremoto de fevereiro forçaram a mobilização de militares para restaurar a ordem.

De acordo com o jornal La Tercera, os 15 mil militares mobilizados na região prenderam 1.609 pessoas durante os períodos de toque de recolher, que em cidades como Concepción, a 500 km de Santiago, chegaram a durar 18 horas por dia.

A maioria dos detidos já está em liberdade, apenas 210 suspeitos de participação em saques e distúrbios permanecem presos.

"Tivemos um ótimo comportamento da população. A avaliação é positiva, no sentido de que o número de pessoas detidas caiu em relação ao início", declarou o general Bosco Pesse, comandante militar da região del Maule (centro-sul).

Centenas de pessoas morreram ou são consideradas desaparecidas depois do terremoto e tsunami de 27 de fevereiro, quando milhares de casas desabaram ou foram destruídas, com muitas regiões sem luz, água ou alimentos.

Após a tragédia natural que provocou mortes e destruição, os chilenos ainda foram obrigados a passar as noites com medo dos saques.

Após os primeiros saques e antes da militarização da zona, grupos de vizinhos criaram brigadas para proteger os bairros, com direito a barricadas.