A brasileira que fingiu ter sido vítima de uma agressão racista, quando na verdade os ferimentos que ela exibiu para provar a suposta agressão resultaram de automutilação, terá que deixar a Suíça no fim deste mês. As autoridades locais se negaram a prolongar seu visto de permanência no país, anunciou nesta quinta-feira (11) o Departamento Cantonal de Migrações.
Paula Oliveira, de 27 anos, havia pedido uma prorrogação para seu visto de permanência na Suíça depois de ter sido condenada, em dezembro, pela falsa denúncia.
Segundo o Departamento Cantonal de Migrações, citado pela agência de notícias suíça ATS, o pedido foi negado.
Paula apresentou recurso para apelar da decisão, acrescentou a ATS.
A brasileira, que é advogada, denunciou ter sido vítima de uma agressão em fevereiro do ano passado, na periferia de Zurique, quando voltava do trabalho.
Segundo a denúncia, os agressores, três skinheads, bateram nela e a feriram com uma faca.
Ela alegou ainda que com três meses de gravidez de gêmeos e que, por causa da agressão, perdeu os bebês, afirmação que foi desmentida depois por exames e análises médicas a que foi submetida.
Na época, o caso teve grande repercussão no Brasil.
Confrontada com suas contradições pela Polícia, a jovem acabou reconhecendo que tinha mentido.
Oliveira foi condenada em dezembro passado a uma multa por "falsa denúncia".