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Aviões tanque: Boeing fica só após saída da Northrop/Airbus

A Boeing parece ter assegurado o megacontrato para os novos aviões tanque da Força Aérea dos Estados Unidos após a desistência da Northrop Grumman, associada ao grupo europeu Airbus, anunciada na segunda-feira.

Sete anos após ter obtido o contrato em condições suspeitas, o que provocou sua anulação, a Boeing tem agora ao seu alcance um negócio de 35 bilhões de dólares, para a entrega de 179 aviões de abastecimento em pleno voo.

Northrop Grumman tomou sua decisão "diante da estrutura do edital de concorrência (...) que privilegia claramente o avião menor da Boeing e não reconhece, como deveria, as vantagens de um aparelho maior", explicou o grupo em um comunicado.

O grupo europeu concorria com o avião KC-45, uma versão modificada do Airbus A330.

A Boeing proporá ao Pentágono uma versão modificada de seu 767, menor e de consumo mais baixo que o A330. "EADS confirma que a equipe Northrop Grumman/EADS não responderá à concorrência para substituir os aviões tanque americanos", destacou a matriz da Airbus em outro comunicado emitido na véspera. A Northrop precisou que não impugnará a concorrência, já que isto levaria a um "tempo excessivo de espera" para as forças americanas, em um processo iniciado em 2001.

O vice-secretário da Defesa, William Lynn, manifestou a decepção do Pentágono "com a decisão da Northrop de não apresentar qualquer oferta para o programa de substituição dos aviões tanque" e garantiu que a concorrência foi "estruturada de maneira equitativa para permitir uma verdadeira competição".

"Não vamos pedir desculpas por querer dar aos contribuintes o melhor avião correspondente às demandas da Força Aérea", disse o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, garantindo que o procedimento é equitativo.