Brasília ; A visita da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ao Brasil rendeu uma série de acordos bilaterais nas mais diversas áreas ; armas nucleares, a paz no Oriente Médio, biocombustíveis, de ampliação de cinco para dez anos da validade dos vistos de cidadãos norte-americanos e brasileiros, defesa e segurança, questões raciais, mudanças climáticas e combate à violência contra mulher.
Durante a conversa de Hillary com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ambos reafirmaram os esforços em defesa da paz no Oriente Médio e na busca por um acordo entre israelenses e palestinos. Também neste tema Brasil e Estados Unidos diferem sobre a interpretação da divisão territorial na região.
A secretária e o chanceler reiteraram ainda que os dois países vão se empenhar para avançar na cooperação no setor de biocombustíveis. Para ambos, devem ser incentivadas as pesquisas e desenvolvidos projetos de tecnologia com o objetivo de ampliar os programas conjuntos Brasil-Estados Unidos.
A secretária negou que ocorra discriminação contra brasileiros nos Estados Unidos. Segundo ela, a relação entre Estados Unidos e Brasil se reflete também nas suas populações. Porém, foi firmado um compromisso para tentar ampliar de cinco para dez anos a validade dos vistos de cidadãos dos dois países que viajem a turismo ou trabalho.
[SAIBAMAIS]Na área de defesa, o objetivo é retomar as discussões dos grupos político-militar e de defesa dos dois países. Mas não há definições de atividades nem de eventuais colaborações de ambos os lados.
Com um discurso incisivo sobre os direitos da mulher, Hillary destacou o memorando de entendimento firmado com o Brasil com o objetivo de executar ações de combate à exploração sexual, tráfico e formas de violência. Da mesma forma, Brasil e Estados Unidos se comprometeram a implementar medidas que fixam ações que evitem a discriminação racial.