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Em relatório, ONU acusa governo da Colômbia de manter clima de 'insegurança permanente'

Brasília %u2013 O Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) acusou o governo da Colômbia de ameaçar os ativistas que atuam no país e manter o estado de "insegurança permanente". O relatório, detalhando situações específicas, informa ainda que há "vigilância ilegal por parte dos serviços de inteligência do Estado, as detenções arbitrárias, as incursões em sedes de organizações não governamentais e o roubo de informações". As informações são da BBC Brasil. De acordo com a reportagem, o relatório reconhece que autoridades ligadas ao presidente colombiano, Álvaro Uribe, tentaram por meio de pronunciamentos minimizar as ameaças, mas sem sucesso. O relatório informa que %u201Calgumas das violações dos direitos humanos dos ativistas são atribuídas às guerrilhas, a novos grupos armados ilegais e a organizações paramilitares que, segundo os próprios ativistas, não foram desmanteladas%u201D. Em seguida, acrescenta o documento, "as ameaças geram um clima de terror dentro da comunidade dos defensores dos direitos humanos e impedem o seu papel legítimo". O governo do presidente Uribe não se pronunciou sobre o relatório. Mas anteriormente informou que os abusos não fazem parte de uma política estatal. As autoridades também afirmaram que houve queda no número de assassinatos de sindicalistas e jornalistas, e um aumento dos recursos para proteger ativistas ameaçados. "Este é um dos informes da ONU que mais foi fundo em relação à gravidade da situação", disse o diretor da Comissão Colombiana de Juristas, uma das principais organizações de defesa dos direitos humanos do país, Gustavo Gallón.