O preço do cobre disparou nesta segunda-feira (1/3) no London Metal Exchange, diante dos temores sobre os danos à infraestrutura da extração do metal após o terremoto que abalou o Chile, assinalaram os analistas.
"No mercado do cobre, as transações se concentraram esta manhã nos efeitos do forte terremoto que atingiu o Chile no sábado. Além do custo em vidas humanas (mais de 700 mortos), os operadores se preocupam com o impacto sobre as minas de cobre do país", comentou Nicholas Snowdon, analista da Barclays Capital.
[SAIBAMAIS]Como o Chile é o primeiro produtor mundial de cobre, respondendo por mais de 30% da oferta mundial, os preços do metal subiam mais de 400 dólares por tonelada pela manhã, aos 7.600 dólares, o que representa um aumento excepcional durante o pregão. Com a alta, o cobre se aproximou dos preços de janeiro, quando atingiu os 7.796 dólares, seu nível mais alto em ano e meio.
"O terremoto danificou severamente a infra-estrutura do Chile, incluindo o fornecimento de energia elétrica. O grupo de mineração Codelco anunciou, inclusive, cortes no fornecimento de energia em duas minas da empresa, El Teniente e Andina, que respondem por 4% da produção mundial do cobre", destacou Eugen Weinberg, analista do Commerzbank.
Ed Meir, analista da MF Global, advertiu que no "conjunto, até 20% da produção de cobre do Chile foi suspensa durante o final de semana.
Apesar dos temores, o impacto do terremoto na infraestrutura de produção do cobre parece limitado, já que várias minas da Codelco retomam progressivamente suas atividades no sul do país, a zona mais afetada pelo terremoto.