Brasília - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, agradeceu nesta sexta-feira (26/2) a solidariedade dos governos latino-americanos em relação ao decreto que limita a ação de empresas inglesas nas Ilhas Malvinas. A manifestação de apoio ocorreu no começo desta semana durante as reuniões do Grupo do Rio, realizadas em Cancún, no México. Argentinos e ingleses disputam o controle da região desde o século 19. Atualmente a Inglaterra controla a área.
;Quero agradecer a todos os países irmãos na América Latina, a solidariedade inquebrantável na causa para a recuperação das nossas Ilhas Malvinas;, disse a presidente, depois de participar de um desfile comemorativo pelas relações entre a Argentina e o Chile.
Ao lado da colega chilena, Michelle Bachelet, Cristina Kirchner agradeceu também pelo apoio prestado na sua gestão ; Bachelet deixa o governo no próximo dia 11 quando assumirá o presidente eleito Sebastián Piñera.
;Desde o primeiro dia que ela [Bachelet] se tornou presidente considerou a parceria estratégica com a Argentina;, afirmou. ;Eu quero agradecer os quatro anos de sua administração que participou de ações de ajuda e cooperação;, completou.
Na semana passada, o governo argentino editou um decreto limitando a ação das empresas estrangeiras que queiram atuar em águas argentinas. A medida foi definida no momento em que os ingleses anunciaram que iriam intensificar a exploração de petróleo nas Ilhas Malvinas.
A decisão de Cristina Kirchner provocou uma reunião entre o chanceler argentino, Jorge Taiana, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban-Kin-moon. Ele pediu a interferência das Nações Unidas no caso. Os ingleses informaram que vão manter a exploração de petróleo e afastaram a possibilidade de conflito com os argentinos.
Em 1982, argentinos e ingleses se enfrentaram com armas numa guerra pelo controle das Ilhas Malvinas.