O chefe de governo da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou nesta sexta-feira (26/2), em Turim (norte), que pretende mudar a lei que regulamenta o voto dos italianos residentes no exterior.
"É uma lei que deve ser mudada absolutamente", declarou Berlusconi durante entrevista à imprensa, em resposta a uma pergunta sobre o escândalo por corrupção que envolve o senador de seu partido (Povo da Liberdaed), Nicola Di Girolamo.
O senador foi eleito - segundo acusações da justiça italiana - graças aos votos recolhidos pela máfia calabresa na Alemanha como representante dos italianos que emigraram para esse país.
Quase três milhões de italianos residentes no exterior têm direito a votar desde 2006 nas legislativas da Itália, em virtude de reforma constitucional que reservou a eles 18 cadeiras (12 deputados e seis senadores) no Parlamento de Roma.
A lei eleitoral dividiu o mundo por circunscrições eleitorais. Foram concedidos à América do Sul duas vagas no Senado e três na Câmara de Deputados.
A revisão da lei afetaria vários países latino-americanos, entre eles a Argentina, que representa a segunda maior colônia fora da Itália, atrás da Alemanha, e o Brasil.