O preso político cubano Orlando Zapata Tamayo morreu nesta terça-feira (23/2) às 13h (18h GMT) no hospital Hermanos Ameijeiras, da capital, onde estava internado, informou à AFP uma funcionária do centro médico.
Zapata, de 42 anos, havia sido trasladado na noite de segunda-feira (22/2) do hospital do presídio Combinado del Este, de Havana, ao Hermanos Ameijeiras, devido a seu estado de saúde "muito grave", segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).
Preso desde março de 2003, realizou uma prolongada greve de fome, em protesto pelas condições carcerárias, que deterioram sua saúde, afirmava.
Segundo a CCDHRN ele é o primeiro preso político cubano a morrer na prisão desde a década de 70.
Zapata era um dos 65 cubanos considerados presos de consciência pela Anistia Internacional, havia sido inicialmente sentenciado a três anos de prisão, mas sucessivas condenações, por outros motivos, elevaram a pena a mais de 25 anos, disseram fontes da dissidência.
O Governo cubano não reconhece a existência de presos políticos no país - uns 200, segundo a dissidência - pois os considera "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.