Uma bomba presa a uma bicicleta explodiu nesta terça-feira (23/2) perto de um ponto de ônibus no Afeganistão e matou pelo menos oito pessoas, ao mesmo tempo que o número de mortos entre os militares americanos na guerra afegã alcançou a barreira simbólica de 1.000.
[SAIBAMAIS]O ataque com bicicleta-bomba aconteceu em Lashkar Gah, capital da província de Helmand, onde uma grande ofensiva militar entrou no 10º dia. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, admitiu que a operação "Mushtarak" (Juntos) avança de modo mais lento que o esperado.
O atentado também deixou 16 feridos, segundo o porta-voz do governador de Helmand, Daud Ahmadi.
A ofensiva com 15.000 militares estrangeiros e afegãos tem como objetivo expulsar os talibãs dos distritos de Marjah e Nad Ali.
O comandante das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, afirmou em Washington que os progressos contra os combatentes talibãs na área de batalha eram "seguros, mas talvez um pouco mais lentos que o previsto".
Os militares acreditam que podem levar mais um mês para controlar totalmente a área.
Helmand e a vizinha Kandahar são os principais focos de atividade insurgente desde que o regime talibã foi derrubado, em 2001.
Os principais comandantes militares, incluindo o general Stanley McChrystal, que está à frente dos 121.000 soldados dos Estados Unidos e da Otan no Afeganistão, já anunciaram que Kandahar também será objeto de uma grande ofensiva.
Erro da Otan
Famílias de 27 civis mortos por engano em um bombardeio da Otan se preparam para enterrar as vítimas.
McChrystal pediu desculpas públicas em uma tentativa de apaziguar a revolta da população com as perdas de civis, depois do terceiro bombardeio equivocado em uma semana.
Foi a segunda vez que McChrystal pediu desculpas em uma semana pela morte de civis em ações das tropas estrangeiras.
Em um vídeo de um minuto, o general manifestou "extrema tristeza" e disse que as forças estrangeiras estão no Afeganistão "para proteger o povo afegão".
O bombardeio por engano de três veículos na província de Daykundi aconteceu porque as tropas da Otan acreditavam que o comboio era integrado por talibãs.