ROMA - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou neste sábado (20/2) que os países da Aliança Atlântica se protegerão caso se sintam ameaçados pelo avanço do programa nuclear iraniano.
"Se o Irã continuar desenvolvendo sua capacidade nuclear, sobretudo no âmbito dos mísseis, os países da Otan podem se sentir ameaçados", disse Rasmussen em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera. "Se chegar o momento, adotaremos todas as decisões necessárias para proteger os países da Aliança", acrescentou.
Rasmussen se disse, no entanto, confiante de que as autoridades iranianas vão interromper o processo de enriquecimento de urânio. "Apoiamos todos os esforços para alcançar uma solução política", destacou o secretário, antes de lembrar que se trata de uma decisão política, na qual a Otan não está envolvida nem desempenha nenhum papel.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirma em um relatório divulgado na quinta-feira que o Irã pode estar fabricando uma bomba atômica.
Teerã desmentiu a suspeita, mas o governo dos Estados Unidos considerou que o documento é um sinal de que é preciso reforçar as sanções contra a República Islâmica.