O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, prometeu nesta quarta-feira (17/2) uma "investigação exaustiva" sobre a utilização de falsos passaportes britânicos no assassinato de um líder do Hamas e deputados pediram a Israel explicações sobre seu papel neste assunto.
"Estudamos isto neste momento", declarou Brown à rádio londrina LBC. "É preciso reunir as provas para saber o que aconteceu, porque e como, e devemos reunir essas provas antes de fazer qualquer comentário", acrescentou, lembrando as circunstâncias do assassinato de Mahmud Abdel Rauf al-Mabhuh, no dia 20 de janeiro em um hotel de Dubai.
O parlamentar Menzies Campbell, ex-chefe do terceiro partido político do Reino Unido, os liberais-democratas, foi mais explícito, pedindo que o Foreign Office convoque o embaixador de Israel em Londres para dar a sua versão dos fatos.
Menzies Campbell, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns, exigiu respostas às "conjecturas" sobre um envolvimento do Mossad, o serviço secreto israelense, no assassinato do líder do movimento islâmico palestino Hamas.
A Polícia de Dubai havia anunciado na segunda-feira que onze pessoas munidas de passaportes europeus -três irlandeses, seis britânicos, um francês e um alemão- eram procuradas, mas os governos de Londres e de Dublin rapidamente indicaram que eram documentos falsos.
Pelo menos sete israelenses com dupla nacionalidade se declararam vítimas de uma usurpação de identidade no caso do assassinato de Mahmud Abdel Rauf Al-Mabhuh, um dos fundadores do braço armado do Hamas.
O deputado conservador britânico Hugo Swire também exigiu uma "investigação exaustiva": "Essas acusações contra o governo israelense devem ser examinadas. (...) Isso não pode ser apagado por temor das repercussões negativas que isto poderia ter no mundo árabe", disse.
"Não podemos fazer uma política exterior neste período extremamente delicado com esse tipo de comportamento ilegal", afirmou.