Os Estados Unidos e seus aliados deram início ontem (14/2) a uma ofensiva diplomática para conseguir apoio ao reforço das sanções contra o Irã. Enquanto a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, começou um giro pelo Oriente Médio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi a Moscou buscar uma resposta positiva da Rússia ; um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o único aparentemente indeciso sobre a aplicação de novas sanções.
Em Doha (Catar), Hillary anunciou que os Estados Unidos já preparam novas medidas para forçar Teerã a abandonar suas ;decisões provocativas; na área nuclear. ;Estamos trabalhando ativamente com nossos sócios regionais e internacionais para preparar e implementar medidas que convençam o Irã de que é preciso mudar de rumo;, afirmou, durante a sétima edição do Fórum Mundial Islã-Estados Unidos. Segundo ela, a postura do governo de Mahmud Ahmadinejad deixou a comunidade internacional sem escolha, a não ser impor ;custos maiores;. Hillary ainda criticou a crescente influência do poder da Guarda da Revolução, que ;constitui uma ameaça direta para todos;.
Disposição turca
O Catar foi a primeira escala da norte-americana, que segue depois para a Arábia Saudita. Em Doha, Hillary se encontrou com o emir, xeque Hamad Ben Jalifa Al Thani, ; com quem também falou sobre a falta de progressos nas negociações de paz entre israelenses e palestinos ; e deve se reunir com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, para discutir sobre o Irã. Ontem, Erdogan anunciou que seu país está disposto a servir como destino para o combustível nuclear iraniano em um eventual acordo com o Ocidente.
Netanyahu, por sua vez, terá encontros hoje com o presidente russo, Dmitri Medvedev, e o premiê, Vladimir Putin. Sua meta é obter o apoio de Moscou para aumentar as sanções a Teerã. Nesta semana, o secretário do Conselho de Segurança da Presidência russa, Nikolai Patrushev, declarou que a decisão de Teerã de iniciar o enriquecimento de urânio a 20%, apesar das tentativas do Ocidente para realizar o processo fora do país, dá ;motivos para preocupação;.
"O Irã deixa a comunidade internacional com a única opção de impor um custo maior a suas decisões provocativas", Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americana