A primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko declarou que vai questionar ante a justiça as eleições presidenciais e afirmou que seu adversário Viktor Yanukovich jamais será um chefe de Estado legítimo na Ucrânia, em uma declaração à nação neste sábado (13/02).
"A eleição na Ucrânia foi falsificada. Ante isso, tomei a única decisão possível, questionar o resultado da votação nos tribunais. Defenderei nosso Estado e sua eleição apoiando-me em argumentos jurídicos", afirmou.
"Yanukovich não é nosso presidente e sejam quais forem as circunstâncias, não será jamais presidente legítimo da Ucrânia", disse ainda, acrescentando que não tem a intenção de organizar protestos populares como os que caracteriazam a Revolução Laranja e abriram caminho para a vitória do atual presidente Viktor Yuschenko frente a Viktor Yanukovich.
Esta semana, Yanukovich pediu a Timoshenko que se demita do cargo para evitar uma nova crise política.
"Gostaria de recordar à senhora Timoshenko que a base da democracia é a vontade do povo. Os líderes democráticos aceitam sempre os resultados das eleições. O país não precisa de uma nova crise", enfatizou.
No segundo turno da votação, o candidato de oposição Viktor Yanukovich, pró-Moscou, recebeu 48,95% dos votos, contra 45,48% para Tymoshenko, segundo os resultados quase completos divulgados pela Comissão Eleitoral.
Os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) afirmaram na segunda-feira que a eleição foi "transparente e honesta".