Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) condenaram nesta segunda-feira (8/02) em comunicado comum "a persistência das violações dos direitos humanos" no Irã desde a eleição presidencial de junho de 2009.
[SAIBAMAIS]"Os Estados Unidos e a UE condenam a persistência das violações dos direitos humanos no Irã desde a eleição de 12 de junho. As detenções em grande escala e os processos de massa, as ameaças de executar manifestantes, as intimidações às famílias dos detidos e a negação contínua do direito de expressão pacífico dos cidadãos são contrários aos direitos humanos", diz o texto, divulgado pela Casa Branca.
"Nossa preocupação se baseia em nosso compromisso com um respeito universal dos direitos humanos. Estamos muito preocupados com a possibilidade de mais violência e mais repressão nos próximos dias, devido ao aniversário da fundação da República Islâmica, no dia 11 de fevereiro", segundo a mesma fonte.
Estados Unidos e UE pediram ao governo iraniano que "respeite suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, ponha um fim às violências contra seu povo, obrigue os culpados pela violência a assumirem suas responsabilidades, e liberte os que exercem seus direitos", prossegue o comunicado.
Mais de 4 mil manifestantes e oposicionistas foram detidos no Irã durante e depois dos protestos contra o governo que seguiram a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad. A repressão deixou 36 mortos segundo as autoridades, e 72 segundo a oposição.
Outras centenas de opositores foram detidos nos meses seguintes, em manifestações contra o governo duramente reprimidas.