O grupo islâmico palestino Hamas está disposto a dialogar com a comunidade internacional, incluindo os norte-americanos e a União Européia, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, em entrevista à AFP.
[SAIBAMAIS]"O Hamas está disposto a dialogar com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, o Oriente Médio e os europeus", declarou Haniyeh.
O movimento islâmico, que está no poder na faixa de Gaza desde junho de 2007 após um golpe contra seu rival laico Fatah, continua sendo considerado um problema para a comunidade internacional. É considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela UE, que se recusam a negociar oficialmente com ele.
Perguntado sobre a recusa do Hamas em reconhecer o direito da existência de Israel, o primeiro-ministro do Hamas respondeu que seu movimento é favorável ao "estabelecimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967".
Os palestinos pedem que seu futuro Estado fique nas fronteiras anteriores à guerra árabe-israelense de junho de 1967, tendo como capital Jerusalém Oriental, de maioria árabe e anexada por Israel durante o conflito.
"Eles (os israelenses) devem nos reconhecer primeiro, devem reconhecer o direito do povo palestino. Somos as vítimas", disse Haniyeh.
O primeiro-ministro acrescentou ainda que o Hamas está comprometido com uma "ampliação de cessar-fogo" e que é favorável à "reconciliação nacional" das facções palestinas e à organização de eleições em seu território.