Os cerca de 120 turistas brasileiros que estavam na região de Cuzco, no Peru, próxima ao sítio arqueológico de Machu Picchu, passaram a noite desta segunda-feira (25/01) em vagões por falta de locais apropriados para serem abrigados. O Ministério das Relações Exteriores informou que todos estão bem e não há mortos. O objetivo é retirá-los daquela região ainda hoje (26), em uma ação da Embaixada do Brasil em Lima (capital do Peru) e da Defesa Civil.
[SAIBAMAIS]De acordo com dados oficiais, 40% das pessoas que permanecem na região estão sem água potável e a comida está acabando. As autoridades de Cuzco informaram que foi declarado estado de emergência por 60 dias. Também está proibida a entrada de turistas na região nos próximos três dias.
Desde sábado (23), as autoridades peruanas estão em alerta em decorrência das fortes chuvas que caíram na região de Cuzco e bloquearam a ferrovia que dá acesso a Machu Picchu. Aproximadamente 2 mil turistas - entre brasileiros, europeus e norte-americanos - estavam na região da cidade de Águas Calientes. A cidade é uma espécie de apoio para quem visita a região.
O Ministério do Comércio e Turismo e a Defesa Civil do Peru pretendem retirar os turistas com a ajuda de seis helicópteros policiais e militares. Crianças e idosos terão prioridade de embarque. Alguns turistas se arriscam a tentar deixar os locais tomados pelas águas por meio de trilhas que há na mata fechada, mas a caminhada costuma levar mais de oito horas.
Pelos dados oficiais, nos últimos três dias as chuvas que transbordaram os rios Vilcanota e Rio Blanco provocaram duas mortes, causaram inundações em cerca de 50 casas da região e destruíram centenas de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos já sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.