A mulher do presidente haitiano René Preval, Elizabeth, defendeu neste domingo o trabalho do marido, acusado por muitos haitianos de tê-los abandonado à própria sorte depois do terremoto que atingiu o país no dia 12 de janeiro.
"Eu ouvi críticas, mas quero convidar as pessoas a levar em conta as proporções", disse a primeira-dama do Haiti à imprensa, depois de visitar um navio francês carregado de ajuda humanitária que atracou em Porto Príncipe neste domingo.
"Todo o país foi afetado pelo terremoto. O Estado está paralisado porque não há nenhum edifício de pé para trabalhar, apesar da maioria dos membros do governo continuar conosco", explicou.
"Eles estão paralisados porque perderam muitos funcionários civis. O governo haitiano e meu marido trabalham noite e dia para orientar a ajuda internacional para as áreas mais críticas", añadió.
A sede da presidência, o parlamento, os tribunais e vários ministérios ficaram destruídos pelo terremoto, que deixou pelo menos 112.000 mortos e um milhão de desabrigados.
Um navio anfíbio francês de assalto, equipado com dois veículos de transporte terrestre e quatro helicóptero e carregado com material de operações, chegou neste domingo ao Haiti e já começou a descarregar ajuda humanitária.
As 2.000 toneladas de ajuda serão levadas até o aeroporto, para que de lá sejam distribuídas pelas várias agências que trabalham para ajudar as vítimas do tremor.
O navio trouxe ainda máquinas e escavadeiras para limpar as ruas de Porto Príncipe, que ainda estão tomadas pelos escombros.