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Multidão acompanha o velório de Zilda Arns no Palácio das Araucárias em Curitiba

Uma multidão acompanha do lado de fora do Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, o velório da médica Zilda Arns, para prestar a última homenagem a fundadora e Coordenadora Internacional da Pastoral da Criança, que morreu durante o terremoto no Haiti, na última terça-feira (12/01).

[SAIBAMAIS]Além da presença de políticos e das principais autoridades eclesiásticas do país, caravanas de voluntários chegam a toda hora, vindos do interior e de vários estados. A pastoral tem 300 mil voluntários no país.

A coordenadora da Pastoral da Criança da Arquidiocese de São Paulo, Maria do Rosário Gazzola, disse que a maior lição deixada por Zilda foi a importância de vincular espiritualidade e trabalho. ;Sempre que ia visitar a pastoral paulista e tínhamos algum encontro com políticos ou nos dirigíamos a alguma comunidade, ela entrava no carro e nos convidava a rezar pela missão daquele dia;. Atitudes que segundo a coordenadora, deixava todos seguros e animados. ;É com esse ânimo que continuaremos nosso trabalho junto às famílias que moram em favelas, cortiços e acompanharemos as 16,5 mil crianças atendidas pelas seis regiões episcopais da cidade;.

De União da Vitória, cidade do interior do estado, vieram 27 voluntárias prestar a última homenagem. A coordenadora da pastoral no município, Roseli Silva, disse que sempre ouviu de Zilda que apenas pessoas que têm muito amor no coração podem trabalhar na pastoral. ;Ela conseguia ser grande e humilde ao mesmo tempo;.

As jovens Luana Pereira, 17 anos, Ana Paula, 18 e Iara Castro, 17, trabalham na sede da pastoral em Curitiba e conviveram com a médica na rotina do trabalho. Elas disseram que a lição que ficou com a morte da médica foi "fazer tudo muito bem feito". Segundo Luana, ;ela era exigente mas muito amorosa;.

Os relatos de todos que conviveram com Zilda, autoridades, familiares, amigos, voluntários, são muito parecidos, coerentes, confirmando o que disse hoje seu sobrinho, o senador Flávio Arns, que ela ;viveu para fazer o bem, mas o mais importante, ensinou as pessoas a fazer o bem;.
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