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Juiz impõe medidas cautelares a generais por abuso contra Zelaya

TEGUCIGALPA - Um juiz hondurenho impôs na noite de quinta-feira (14/1) medidas cautelares a seis comandantes militares, após uma audiência na qual foram acusados de abuso de autoridade e expatriação ilegal do presidente deposto Manuel Zelaya. Os seis devem se apresentar duas vezes por mês à justiça e não podem deixar o país, de acordo com a decisão do juiz Jorge Alberto Rivera, informou o diretor do departamento jurídico do Exército hondurenho, Juan Sánchez, responsável pela defesa dos generais. "Não concordamos com a resolução do juiz, mas a respeitamos", declarou Sánchez. "Estamos preparando todos os argumentos legais para a defesa e seguir adiante", completou. Rivera, presidente da Suprema Corte, foi designado pelo tribunal para receber o processo e aceitou em 11 de janeiro a denúncia do procurador geral Luis Rubí contra a cúpula militar pelos fatos de 28 de junho de 2009, data do golpe de Estado. Zelaya, que retornou de surpresa a Honduras em 21 de setembro e desde então está abrigado na embaixada do Brasil, afirmou que a denúncia contra os militares é uma "farsa", para que fiquem impunes com acusações de crimes menores. Os generais denunciados são Romeo Vásquez, comandante do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas; Venancio Cervantes Suazo, subcomandante do Estado Maior; Carlos Cuéllar, inspetor geral do Exército; Luis Javier Prince Suazo, comandante da Aeronáutica; Miguel García, comandante do Exército, e Juan Pablo Rodríguez, comandante da Marinha.