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Lula propõe a Obama que Brasil coordene a ajuda humanitária no Haiti


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou há pouco que propôs ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o Brasil coordene o trabalho de ajuda humanitária ao Haiti. A ideia de Lula é fazer com que os recursos dos países doares cheguem mais rápido ao país caribenho atingido ontem (12) por um grande terremoto.

;Propus ao presidente Obama que o Brasil está disposto a participar, junto com os Estados Unidos e a [Organizações da Nações Unidas] ONU, na coordenação de uma reunião dos países doadores para que possa agilizar logo o que for necessário de recursos para recuperar o Haiti;, disse Lula logo após falar, por telefone, com o presidente dos Estados Unidos.

De acordo com Lula, Obama concordou com a ideia e se comprometeu a conversar com o ex-presidente Bill Clinton para discutir o assunto. ;Ele [Obama] não só concordou, como disse que vai ter uma reunião com ex-presidente Bill Clinton, que é o homem da ONU para o Haiti e que depois o ministro Celson Amorim e a secretária Hilary Clinton vão conversar e, se for preciso, eu e o Obama vamos sentar e conversar".

O presidente informou que deve chegar ainda esta noite ao Haiti um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) com medicamentos e 14 toneladas de alimentos. Amanhã, disse Lula, vai decolar um outro avião 707 com 50 bombeiros, 30 do Rio e 20 de Brasília, com cães farejadores para ajudar no resgates dos sobreviventes ou mesmo dos corpos, além de levar água é mais medicamentos.

Lula disse ainda que com a chegada do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e de outros embaixadores ao Haiti a comunicação com país destruido pelo terremoto deve ser mais eficaz e a ajuda humanitária também será faciltada.

;Estamos esperando que, a partir da chegada do Jobim por lá e do nosso embaixador, possamos ter contato direto com autoridades do Haiti, com o comando da Minustah e a gente possa ter informações mais precisas e saber que tipo de ajuda pode dar para o Haiti;, afirmou Lula.

O presidente disse que tentou durante todo o dia falar com o presidente haitiano, René Préval, mas não conseguiu devido a dificuldade de comunicação após os abalos sísmicos.