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Chefe da Al-Qaeda no Iêmen morto no leste do país

SANAA - O Iêmen anunciou nesta quarta-feira (13/1) a morte de um dos chefes da Al-Qaeda após a prisão de quatro de seus partidários numa província oriental de Chabwa, que seria o refúgio dos principais dirigentes da rede de Osama bin Laden. "Abdallah Mehdar, um dos chefes da organização terrorista Al-Qaeda, foi morto em confrontos com as forças de segurança", anunciou a agência oficial Saba. O governador da província de Chabwa (600 km a leste de Sanaa), Ali Hassan al-Ahmadi, informou que Mehdar "foi morto pelas forças de segurança que cercam a casa onde se refugiava em Houta", situada nessa província. Mehdar, 47 anos, figura numa lista de 152 pessoas procuradas pelo Iêmen. O chefe da Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), o iemenita Nasser Al-Whaychi, e seu adjunto, o saudita Said al-Chahrani, figuram nessa lista publicada pelo ministério do Interior. Quatro partidários de Mehdar haviam sido presos na noite de terça-feira depois de confrontos com as forças de segurança. O Iêmen, país de origem da família de Bin Laden e aliado dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo, intensificou suas operações contra a Al-Qaeda depois que o grupo reivindicou o atentado fracassado contra um avião americano no dia de Natal. Neste dia, o jovem nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, 23 anos, tentou detonar uma substância explosiva que havia escondido na cueca momentos antes do pouso do voo 253 da Northwest em Detroit, procedente de Amsterdã, com 300 pessoas a bordo. O explosivo falhou e o nigeriano, muito ferido nas pernas por causa da reação química, foi dominado por outros passageiros. Faruk Abdulmutallab foi treinado para o ataque no Iêmen, onde se reuniu com o imã radical Anwar al-Aulaqi, quando estava escondido na região de Wadi Rafadh, na província de Chabwa. O jovem terrorista também foi recebido por Chabwa Mohammad Umir, um dos líderes da rede Al-Qaeda, que morreu em um bombardeio aéreo no dia 24 de dezembro, no Iêmen.