Jornal Correio Braziliense

Mundo

Irã acusa EUA e Israel por atentado que matou cientista nuclear

TEERÃ - O porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores acusou o "regime sionista e os Estados Unidos" de estarem vinculados ao atentado com uma moto-bomba que matou nesta terça-feira (12/1) em Teerã o cientista nuclear Masud Ali Mohamadi. "Os primeiros elementos da investigação revelam sinais da maléfica ação do triângulo Estados Unidos, regime sionista e seus mercenários neste atentado terrorista", declarou o porta-voz Ramin Mehmanparast. "Estas ações terroristas e a eliminação de sábios nucleares do país não afetarão o programa nuclear iraniano, e sim vão acelerá-lo", completou. A televisão estatal iraniana já havia acusado "agentes sionistas e americanos" pelo atentado. O cientista nuclear e professor universitário Masud Mohamadi morreu nesta terça-feira na explosão de uma bomba perto de sua casa em Teerã. Segundo a agência Borna News - filial da agência oficial Irna -, Mohamadi era "um alto cientista nuclear do país". A explosão aconteceu perto da residência do professor, no bairro de Qeytariyeh, norte de Teerã. O procurador-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, anunciou que Mohamadi era especializado em energia nuclear e morreu quando entrava em um carro. A moto-bomba, que explodiu acionada por controle remoto, estava estacionada ao lado do veículo do professor. Dolatabadi informou que uma investigação foi aberta para identificar os responsáveis e determinar as motivações do atentado. O canal estatal persa Al-Alam chamou Masud Mohamadi de professor ligado aos ideais revolucionários que se tornou mártir, atribuindo o atentado a contrarrevolucionários, o que indica que a vítima estava vinculada ao poder e tinha funções políticas. Um vizinho afirmou que a explosão foi muito forte e quebrou os vidros dos veículos e casas próximas.