O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chega nesta sexta-feira (8/1) a Brasília. Por oito meses, o Senado norte-americano protelou sua aprovação. Ex-subsecretário do Departamento de Estado para as Américas, Shannon foi indicado pelo presidente Barack Obama. A indicação foi aprovada no último dia 24 pelos senadores. Anteriormente havia recebido dois vetos, motivando ainda mais o atraso.
A previsão é que Shannon apresente suas credenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. A escolha de seu nome para comandar a Embaixada dos Estados Unidos foi comemorada pelo governo brasileiro, pois demonstra uma deferência ao Brasil considerando que Shannon é um dos ícones da diplomacia norte-americana.
Ele tem uma longa carreira diplomática e já serviu no Brasil como assistente da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília (1989 a 1992). Ele atuou também nas embaixadas da Venezuela - país com o qual os Estados Unidos mantêm uma delicada relação política ; e da África do Sul ; no período das negociações pelo fim do apartheid (segregação racial).
O novo embaixador tem fluência em português e uma carreira acadêmica consolidada ; com mestrado e doutorado na Universidade de Oxford. Ele substitui Clifford M. Sobel, indicado pelo ex-presidente George W. Bush.
Até novembro de 2009, Shannon ocupava o cargo de subsecretário do Departamento de Estado para as Américas. Apesar de sua longa carreira diplomática, ele recebeu dois vetos à indicação ; um deles foi apresentado do senador republicano Jim DeMint (oposição a Obama), do estado da Carolina do Sul, que criticou sua atuação em relação à crise política em Honduras.
O outro veto foi de outro senador republicano George LeMieux (também de oposição a Obama), da Flórida, que justificou discordar de suas posições sobre o regime político de Cuba e a condução das negociações dos Estados Unidos em relação à crise em Honduras. Ao final, De Mint e LeMiex suspenderam os vetos.