Levitte fez a afirmação em conversa com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. A manifestação do assessor do presidente Nicolas Sarkozy ocorre no momento em que há divergências no Brasil sobre o assunto.
No encontro, o chanceler reafirmou que a decisão será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Para Amorim, a definição envolve uma análise política e não apenas técnica.
;É natural que os franceses demonstrem interesse no assunto;, disse Amorim.
Amorim conversou com Levitte em Paris, depois do simpósio Novo Mundo, Novo Capitalismo, organizado pelo Ministério da Imigração, Integração, Identidade Nacional e do Desenvolvimento Solidário da França.
Ontem (6), em Genebra (Suíça), Amorim disse que a definição sobre a compra dos 36 caças vai considerar uma série de fatores.
;Vamos levar em em conta as questões técnicas, mas a decisão final cabe ao ministro da Defesa e ao presidente da República;, afirmou. ;Não é uma decisão exclusivamente militar. É uma decisão política.;
Segundo informações atribuídas ao Comando da Aeronáutica, o adequado para o projeto FX-2 que visa à renovação da frota aérea nacional é comprar o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se manifestado a favor dos aviões do consórcio francês Rafale Internacional.
O Comando da Aeronáutica confirmou a conclusão do relatório sobre as propostas apresentadas pelas três empresas finalistas - a sueca Saab, fabricante do modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, responsável pelo caça F-18 Super Hornet e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault -, mas não divulgou o resultado.
Na próxima semana, Lula deve definir a questão. Hoje (7) Sarkozy elogiou o Brasil e defendeu sua participação no Conselho de Segurança das Nações Unidas e também em negociações econômicas internacionais. No discurso, o francês citou o Brasil sete vezes.