AMÃ - Humam Khalil Abu Mulal al Balawi, suposto autor do ataque contra agentes da CIA no Afeganistão, era um jordaniano palestino que trabalhou no hospital de um campo de refugiados, revelaram nesta terça-feira à AFP fontes próximas a sua família.
Filho de uma família procedente da Cisjordânia, Balawi nasceu no Kuwait, mas foi para a Jordânia durante a invasão iraquiana do território kuwaitiano, em 1990.
Segundo as mesmas fontes, Balawi estudou na cidade turca de Tonya (nordeste) e se casou com uma turca, antes de seguir para a Jordânia e trabalhar no hospital de campo de refugiados palestinos de Al Rusaifa, na região da cidade de Zarka (nordeste de Amã), até o ano passado.
Um página islâmica da Web afirma que Humam Khalil Abu Mulal al Balawi era um médico de 36 anos.
Ainda segundo fontes ligadas à família de Balawi, sua mulher, uma jornalista, e seus dois filhos estão na Turquia.
Balawi tinha três irmãos, entre eles um gêmeo que vive no Canadá, e uma irmã, Hanan.
Moradores de Zarka afirmaram à AFP que Balawi era um muçulmano devoto.
A rede americana NBC News, citando fontes ocidentais de Inteligência, garante que Balawi foi o autor do atentado suicida de 30 de dezembro contra uma base da CIA no Afeganistão, no qual morreram sete agentes da agência americana.
Segundo a NBC, o jordaniano foi recrutado pelos serviços secretos de seu país e trabalhava como agente duplo para a Al-Qaeda.
Um responsável jordaniano afirmou que forneceu informação de "extrema importância" aos serviços de segurança de seu país e que Amã não dispunha de qualquer prova sobre sua responsabilidade no atentado.