Os seguidores Thich Nhat Hanh, um dos grandes nomes do budismo internacional, abandonaram um segundo pagode (templo asiático) no centro do Vietnã, depois de denunciar meses de perseguição religiosa que os levou a pedir asilo temporário na França.
"Os últimos do grupo de 200 seguidores de Thich Nhat Hanh saíra de nosso pagode", informou Thich Thai Thuan, chefe do templo de Phuoc Hue, situado na província central de Lam Dong.
Em 18 de dezembro, cerca de 400 monges budistas vietnamitas pediram asilo na França, pois se consideram perseguidos em seu país.
Os monges em questão seguem a tradição de Thich Nhat Hanh, mestre zen e figura internacional do budismo que vive no sudoeste da França, onde fundou um centro budista.
O governo vietnamita, que nega ter reprimido ou prejudicado a liberdade de culto, apresentou a questão como uma disputa interna entre budistas.
Thich Nhat Hanh, obrigado a se exilar nos anos 60 pelo regime do Sul do Vietnã por suas posições contra a guerra, foi durante muito tempo persona non grata no Vietnã depois da chegada ao poder dos comunistas em 1975.
Thich Nhat Hanh voltou ao Vietna pela primeira vez em 2005. Desde então, alguns mosteiros abrigam centenas de discípulos. Segundo seus partidários, as autoridades estão preocupadas com o crescente interesse dos jovens pelo conhecido monge budista.