Por enquanto, quatro brasileiros feridos são mantidos sob observação médica e estão internados em hospitais do Suriname. Na noite de Natal, cerca de 200 garimpeiros entre brasileiros e chineses foram atacados na região da cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital do Suriname. As tensões entre os quilombolas ou os chamados ;maroni; ou ;marrons; do Suriname ; na região fronteiriça com a Guiana Francesa - são permanentes.
Ontem, o Ministério de Relações Exteriores informou, por meio de nota, que ;não houve comprovação de mortes de brasileiros;. Porém, há suspeitas de que entre os mortos havia brasileiros. A dificuldade é causada pelo fato de muitos dos brasileiros que vivem no país vizinhos não terem documentos.
A região de Albina é um dos principais focos de exploração de garimpo. Em todo Suriname, vivem cerca de 15 mil brasileiros ; a maioria sem documentação. De acordo com diplomatas, os habitantes do Suriname reclamam que os estrangeiros, mesmo sem documentos legais e sem pagar impostos, usufruem de benefícios no país.
No entanto, há suspeitas de que o conflito tenha sido provocado por um suposto assassinato atribuído a um brasileiro que viveria na região de Albina. Oficialmente, essa versão é negada pelo governo brasileiro, mas a informação é investigada da polícia do Suriname.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, e conversou com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon. Durante a conversa, ele foi informado que a polícia do Suriname identificou e recolheu 22 suspeitos de participação no ataque aos brasileiros.
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