Detroit - Os passageiros do voo da Northwest Airlines entre Amsterdã e Detroit conseguiram conter de forma rápida o jovem nigeriano que tentava executar um atentado, relataram os próprios neste sábado.
Tudo aconteceu de maneira muito veloz, 20 minutos antes do pouso, segundo Syed Jafry, que estava sentado três fileiras à frente do terrorista no voo 253 de sexta-feira.
[SAIBAMAIS]Jafry disse que a princípio imaginou que o jovem, identificado como Abdul Faruk Abdumutallab pela imprensa, pretendia fumar dentro do avião, até que percebeu que era algo "mais sério".
"Aconteceu uma explosão e todos ficaram um pouco surpresos", contou ao canal CNN. "Depois de alguns segundos houve um pouco de luz, como a produzida por chamas, e depois vimos fogo".
"As pessoas estavam à beira do pânico. Todos correram, tentando usar água, extintor. Foi maravilhoso que todos tenham colaborado", completou.
Ao mesmo tempo que alguns passageiros apagavam o fogo, outros cercaram o nigeriano, que se queimou ao tentar detonar o explosivo.
"Havia um jovem que estava três ou quatro bancos atrás de mim e controlou bem o suspeito", disse Jafry. "Houve um pouco de luta. Ele o dominou e depois o isolaram com a ajuda da tripulação. O terrorista parecia estar espantado, surpreso com tudo. É preciso lembrar que ele tinha uma queimadura de segundo grau", explicou.
Zina Saiga, outra passageira, também contou o que viu. "Alguém o agarrou pelo pescoço e o levou para frente, com as calças abaixadas". "Me disseram que a calça haiva pegado fogo. Eu pensei que tivessem abaixado para não permitr que corresse", lembra.
"Não disse nada. Estava ferido, com uma queimadura bastante grave na perna. Tiveram muito cuidado para garantir que não tivesse nada por cima. Foi fácil ver que estava muito queimado", relatou Melinda Dennis.
"Estava muito tranquilo, não mostrava reação a dor, nem ao choque ou ao nervosismo. Tinha o aspecto de alguém normal". Segundo Jafri, o incidente "foi administrado de forma muito profissional pela tripulação".
"O piloto veio e explicou o que acontecera. Houve pânico nas seis ou sete fileiras ao redor do incidente. Mas no resto do avião, acho que nem ficaram sabendo", disse Jafri.
Richard Griffith, que viajava na fileira 36 do avião, afirmou a CNN não ter visto nada do incidente protagonizado pelo nigeriano, que estava na fileira 16.