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Avião derrapa na pista, parte no meio e deixa 91 pessoas feridas na Jamaica

KINGSTON - Um Boeing 737 da American Airlines saiu da pista e parou em uma praia ao pousar em Kingston na madrugada desta quarta-feira (23/12), deixando apenas 91 feridos leves, apesar da violência do acidente. Nenhuma das 154 pessoas que estavam a bordo deste voo que fazia a ligação entre Miami e Kingston ficou gravemente ferida. A maioria dos 91 feridos leves já deixou o hospital público de Kingston, afirmou o ministro jamaicano da Informação, Daryl Vaz. No entanto, quatro pessoas vão passar o dia no hospital, em observação. "Quase todos os ferimentos são fraturas, cortes e contusões", explicou Vaz, antes de admitir que os passageiros ficaram "seriamente abalados" com o acidente. O balanço divulgado anteriormente registrava 40 feridos. "O avião saiu completamente da pista e foi parar na areia", relatou Paul Hall, um alto funcionário do aeroporto de Kingston. A aeronave transportava 148 passageiros e seis tripulantes, informou a companhia aérea. O avião decolou do aeroporto Ronald Reagan em Washington e fez escala em Miami, na Flórida, antes de seguir para a Jamaica. O avião saiu da pista na terça-feira às 22h locais (1h desta quarta-feira, pelo horário de Brasília) ao pousar, sob forte chuva, no aeroporto internacional Norman Manley. O Boeing não conseguiu parar, se chocou violentamente contra a barreira que marcava o fim da pista, atravessou uma estrada e parou na praia vizinha. Um dos motores se partiu no meio, parte do trem de pouso se desintegrou e a fuselagem rachou. Os tobogãs foram acionados rapidamente para permitir a retirada dos passageiros. Uma testemunha contou a um canal de televisão jamaicano que o Boeing 737 pousou normalmente e que os passageiros chegaram a aplaudir antes de o avião sair da pista e se chocar contra a barreira. "Foi neste momento que os passageiros perceberam que alguma coisa estava errada, quando as máscaras de oxigênio caíram e a estrutura da fuselagem se desintegrou", explicou. "A American Airlines se recusa a especular sobre as causas do acidente", declarou um porta-voz da empresa, destacando que a companhia está colaborando com as autoridades americanas, entre elas o Departamento Nacional da Segurança e dos Transportes (NTSB) e a Autoridade da Aviação Civil (FAA), para apurar as causas do acidente. O aeroporto Norman Manley foi fechado para a investigação, para que as autoridades possam verificar a segurança da pista. Os voos que pousariam em Kingston estão sendo desviados para Montego Bay, na costa oeste do país.