A ativista Aminatu Haidar deixou nesta quinta-feira o hospital, dirigindo-se ao aeroporto de Lanzarote (ilhas Canárias), de onde deverá partir, nas próximas horas, para El Aaiún, principal cidade do Saara Ocidental, constatou a AFP. Ela interrompeu, assim, uma greve de fome que entrou, ontem, no segundo mês.
[SAIBAMAIS]"Esta é uma vitória do direito internacional, dos direitos humanos, da justiça internacional e da causa saraui", afirmou Haidar à imprensa.
"A primeira coisa que vou fazer ao chegar será beijar minha mãe e meus dois filhos", afirmou Haidar, antes de partir numa ambulância a caminho do aeroporto de Lanzarote, onde um avião equipado com medicamentos a transportará a El Aaiún.
Haidar, de 42 anos, realizou greve de fome de 32 dias para forçar sua volta à capital do Saara Ocidental, onde residem seus dois filhos. Ela teve a permissão de entrada no país negada pelo Marrocos sob a alegação que a ativista renegou sua nacionalidade marroquina.
Haidar foi expulsa em 14 de novembro do Saara Ocidental pelas autoridades do Marrocos, a quem acusa de ter confiscado seu passaporte marroquino.