Os dois principais grupos rebeldes da Colômbia - as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) - anunciaram que vão parar de se enfrentar e unir forças contra o governo do presidente Álvaro Uribe. As informações são da BBC Brasil.
Em um comunicado conjunto divulgado no site da Nova Colômbia Agência de Notícias (Anncol) - conhecida por suas ligações com os grupos rebeldes - o secretariado nacional das Farc e o comitê central da ELN pedem um cessar-fogo entre as duas organizações.
"Nos encaminhamos a trabalhar pela unidade para enfrentar, com firmeza e beligerância, o atual regime que o governo de Álvaro Uribe converteu no mais perverso fantoche dos planos do império", diz um trecho do comunicado.
Os dois grupos já travaram sangrentas disputas em algumas áreas da Colômbia, provocadas, segundo analistas, por desacordos em temas relacionados ao tráfico de drogas. No passado, as Farc, que têm mais de 8 mil guerrilheiros, já haviam tentado dominar o ELN, que conta com cerca de 1,5 mil integrantes.
As Farc sofreram várias derrotas nos últimos anos, com a morte de alguns de seus principais líderes, com a libertação de reféns importantes e diversas deserções.