O governo do presidente Hugo Chávez proporá reformas legais para ampliar o controle estatal sobre as operações do sistema financeiro venezuelano, após a intervenção em sete bancos privados, informou nesta segunda-feira o ministro do Planejamento, Jorge Giordani.
[SAIBAMAIS]"Os bancos privados não poderão ser especulativos e sua ação estará orientada, principalmente, ao financiamento da atividade produtiva, e não a especulação financeira", disse Giordani à agência estatal ABN.
O ministro assinalou que entre as propostas de reforma está a criação de um "sistema de controle permanente e severo da atividade bancária".
"Devemos deter estas situações por meio de um sistema legal", disse o ministro sobre a recente crise, que levou o Estado venezuelano a fechar sete pequenos bancos privados. Deste total, dois foram liquidados e quatro integrados ao novo banco estatal chamado Bicentenario.
Em meio a campanha para "sanear" o sistema bancário, o promotoria venezuelana emitiu 27 ordens de apreensão e proibiu a saída do país de 15 diretores de instituições financeiras.
Giordani destacou que o sistema bancário venezuelano "é estável, rentável, solvente e com a liquidez adequada".
Na sexta-feira passada, o governo fechou o Central Banco Universal, o Banco Real e o Baninvest, três instituições de capital venezuelano e uma carteira de clientes reduzida.
No final de novembro, as autoridades já haviam fechado os bancos Confederado, Bolívar, BanPro e Banco Canarias, que estavam sob auditoria há vários dias devido a numerosas irregularidades.
Posteriormente, o Executivo decretou a liquidação do BanPro e Banco Canarias, devido a sua falta de solvência, e anunciou a estatização do Confederado e do Bolívar.