BERLIM - O ministério da Defesa alemão anunciou nesta segunda-feira (7/12) o início de conversações para indenizar as vítimas de um bombardeio da Otan no Afeganistão que, segundo a Aliança Atlântica, deixou 142 mortos, entre eles numerosos civis.
O ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, afirmou na quinta-feira passada que o ataque aéreo de 4 de setembro perto de Kunduz (norte do Afeganistão), onde estão mobilizados militares alemães, "não foi apropriado".
A ação, que já derrubou dois ministros, havia sido ordenada por um comandante alemão no Afeganistão, depois que talibãs roubaram dois caminhões-tanque cheios de gasolina.
Um porta-voz do ministério da Defesa, o capitão Christian Dienst, assinalou, durante entrevista à imprensa que entraria logo em contacto com o advogado Karim Popal, quem afirma representar 78 famílias de vítimas, para discutir as indenizações.
Karim Popal, nascido no Afeganistão mas que exerce sua profissão na Alemanha, considera que o ataque deixou 137 mortos, 20 feridos e 22 desaparecidos entre os civis, e cinco mortos entre os talibãs.
O porta-voz do ministério da Defesa destacou, no entanto, que o número de vítimas ainda não foi estabelecido.