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Eleições no Moçambique: pedido de anulação da oposição é rejeitado

MAPUTO - O Conselho Constitucional de Moçambique rejeitou a demanda de anulação das últimas eleições gerais formulada pelo principal partido de oposição, a Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), anunciaram nesta segunda-feira (7/12) as duas entidades. "O que posso dizer, de forma resumida, e que há falta de argumentos legais que possam suportar o recurso da Renamo", explicou à imprensa o secretário-geral do Conselho Constitucional, Geraldo Saranga. A Renamo criticou imediatamente a decisão e anunciou a intenção de organizar uma manifestação de protesto. "Não concordamos com a conclusão do Conselho Constitucional. Achamos que o país precisa de uma lei eleitoral que proteja a democracia multipartidária (para que) possam governar aqueles que ganharam nas urnas", declarou o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga. A Renamo acusou a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, de ter cometido "crimes eleitorais" durante as eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 28 de outubro. O presidente Armando Guebuza foi reeleito com 75% dos votos e seu partido ampliou sua maioria no Parlamento, passando de 160 a 191 deputados de um total de 250. O ex-líder da guerrilha da Renamo, Afonso Dhlakama, chegou em segundo lugar com 16,5% dos votos. Seu partido ganhou 51 cadeiras no Parlamento. Estas eleições foram as quartas desde o fim, em 1992, de uma guerra civil entre a Renamo e o Frelimo que devastou a antiga colônia portuguesa durante 16 anos. O principal partido de oposição contestou os resultados das quatro votações, todas ganhas pelo partido presidencial.