PERUGIA - A estudante americana Amanda Knox e seu namorado italiano Raffaele Sollecito foram condenados neste sábado (5/12) a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente, em Perugia (centro) pelo assassinato, em 2007, da companheira de apartamento de Knox, a britânica de 21 anos Meredith Kercher.
Amanda Knox, de 22 anos, e Sollecito, de 25, foram considerados culpados de terem submetido a violência sexual e assassinado a facadas a jovem Meredith, na noite de 1 de novembro de 2007 nesta cidade medieval. O processo durou um ano, com 50 audiências. Amanda Knox ficou bastante chocada com o anúncio do veredicto.
Além da pena de prisão, o juri decidiu que os dois devem pagar uma indenização de 2 milhões de euros aos pais de Kercher. O caso abalou Perugia, onde o corpo de Kercher, praticamente nu, foi encontrado no quarto da casa que ela dividia com Amanda, no dia 2 de novembro de 2007.
A garganta da estudante havia sido cortada, seu corpo trazia sinais de violência física e de atividade sexual antes da morte - embora exames não tenham conseguido provar se ela teria sido estuprada. A porta do quarto estava trancada, mas a janela havia sido arrombada.
Rudy Guede, o terceiro envolvido no caso, já foi condenado e cumpre pena de prisão de 30 anos por seu envolvimento na morte de Kercher.
A família de Meredith Kercher ficou satisfeita com o veredicto. A arma do crime, uma faca que tinha restos do DNA de Amanda Knox, foi encontrada na casa de Sollecito.