KALAPATTAR - O governo do Nepal realizou nesta sexta-feira (4/12) uma reunião ministerial excepcional no monte Everest, a 5.262 metros de altitude, para chamar a atenção sobre as consequências das mudanças climáticas no Himalaia, a três dias do início da conferência do clima em Copenhague.
Equipados com tanques de oxigênio e muitos agasalhos, o primeiro-ministro nepalês, Madhav Kumar Nepal, e seus 22 ministros chegaram de helicóptero à base de Kala Pattar, situado na maior montanha do mundo (8.848 metros).
Depois de uma oração tradicional com um sherpa, o gabinete aprovou o discurso que o premier deve ler na Conferência da ONU sobre o Clima que acontecerá de 7 a 18 de dezembro na capital da Dinamarca. Os ministros, com cachecóis com a frase "Vamos salvar o Himalaia", se reuniram durante 20 minutos.
Ao fim do encontro, a vice-premier Sujata Koirala declarou que o Nepal pedirá aos países ricos que contribuam com 1,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para a luta dos países em desenvolvimento contra o aquecimento global.
Segundo os cientistas, as geleiras do Himalaia estão desaparecendo a uma velocidade alarmante, provocando a formação de imensos lagos que ameaçam inundar os vilarejos próximos. Para muitos cientistas as geleiras podem desaparecer em poucas décadas e provocar fenômenos de seca que afetariam vários países da Ásia, onde 1,3 bilhão de pessoas dependem dos rios que nascem na cordilheira do Himalaia.