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Extremistas shebab negam envolvimento em atentado de Mogadíscio

MOGADÍSCIO - Os insurgentes islamitas Shebab negaram nesta sexta-feira (4/12) envolvimento no atentado suicida de quinta-feira que matou pelo menos 19 pessoas, incluindo três ministros somalis, em um hotel de Mogadíscio. "Soubemos da tragédia pelos meios de comunicação. Não temos nenhum envolvimento neste incidente, os mujahedines shebab não cometeram tal ato", declarou o xeque Ali Mohamud Rage, porta-voz oficial dos shebab. Ele atribuiu a responsabilidade do atentado ao "governo apóstata" do presidente somali, o xeque Sharif Ahmed. Pelo menos 19 pessoas, em sua maioria estudantes, assim como três ministros do Governo Federal de Transição (TFG) e três jornalistas somalis, morreram no ataque, executado durante a cerimônia de formatura de uma tura de Medicina. O atentado também deixou mais de 60 feridos. O governo de transição de Ahmed (no poder desde janeiro) controla apenas alguns bairros de Mogadíscio, com o apoio de 5.300 homens da força de paz da União Africana (AMISOM), e enfrenta as milícias shebab e do grupo Hezb al-Islam. A Somália não tem um governo efetivo desde a queda do presidente Mohamed Siad Barre no início dos anos 90.