A primeira-dama da França, Carla Bruni-Sarkozy, evocou nesta terça-feira a morte, em 2006, de seu irmão, pelo vírus da Aids, e as destruições provocadas pela pandemia, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a doença.
[SAIBAMAIS]"Há 20 anos que constato os estragos causados pelo vírus HIV na humanidade", declarou a esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy em entrevista ao canal de televisão TV5-Monde.
Carla Bruni-Sarkozy destacou que o meio da moda, do qual ela participou, quando era manequim, foi devastado pela epidemia".
"Pessoalmente, sou sensível a esta doença. Mas devo dizer, não precisaria ter conhecido pessoas que morreram vítimas da Aids para me sentir comovida pelo impacto causado pela doença", prosseguiu.
Carla Bruni-Sarkozy é embaixadora do Fundo Mundial de Luta contra a Aids.
Ela aceitou falar sobre o caso de seu irmão, Virginio, morto em 2006, afirmando que seu compromisso na luta contra a doença nada tem a ver com o seu drama pessoal.
"Meu irmão teve a chance de viver na França, de ter sido cuidado na França, de ter tido acesso a tratamentos, aos melhores hospitais, aos melhores médicos", disse ela. "Agora, eu falo para as pessoas que não têm acesso a nada disso", acrescentou.
Na véspera, em artigo publicado pelo jornal Le Monde, a esposa do presidente francês, havia reiterado o apelo ao fornecimento, até 2015, de um tratamento para todas as mulheres portadoras do vírus a fim de eliminar a transmissão mãe/bebê.
Na TV5-Monde, ela insistiu sobre a necessidade de manter os esforços para prevenir e se proteger da doença, em particular entre os jovens.