O Irã produzirá por conta própria o combustível nuclear necessário para o funcionamento do reator de pesquisas se a comunidade internacional não fornecer o mesmo, afirmou Ahmad Khatami, um líder religioso conservado.
"É sua obrigação, legal, fornecer combustível para o reator de Teerã", afirmou Khatami, em referência à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante una oração na Universidade de Teerã por ocasião da Aid al-Adha, a festa muçulmana do sacrifício.
"Se vocês o tivessem feito, o caso estaria encerrado. Se não cooperam, devem saber que esta nação, que ganhou o direito à tecnologia, também produzirá combustível para seu reator. É legal e de acordo com as garantias internacionais", completou.
As declarações do religioso foram uma reação à resolução aprovada na sexta-feira pela AIEA, que condenou Teerã pelo controverso programa nuclear e pede a suspensão da construção de uma nova central atômica. Para Ahmad Khatami, a resolução é de "natureza totalmente política e não técnica". "Por su puesto, Irán tendrá otras opciones", afirmó, sin precisar cuáles.
A condenação da AIEA foi votada um mês depois da apresentação ao Irã de uma proposta consistente de troca de urânio levemente enriquecido por combustível nuclear para o reator de pesquisa médica.
Segundo a oferta, o urânio iraniano seria enviado para a Rússia e depois para a França para um tratamento, antes de retornar a Teerã transformado em combustível. Mas o Irã rejeitou a proposta e pediu uma troca simultânea em seu território, o que foi negado pela AIEA. As grandes potências suspeitam que o Irã tenta produzir armamento atômico, mas Teerã alega que seu programa nuclear é puramente civil.