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UE: EUA e China podem ir mais longe em suas metas de redução de CO2

A União Europeia (UE) comemorou nesta quinta-feira os anúncios feitos por Estados Unidos e China de suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, na reta final da Conferência de Copenhague, mas destacou que as duas potências podem ser mais ambiciosas. [SAIBAMAIS]"Reconhecemos os importantes esforços" mobilizados pela Casa Branca para "transformar a posição americana, apesar de o objetivo fixado -uma redução de 17% das emissões até 2020 em relação a 2005- ainda ser para alguns decepcionante", destacou um comunicado divulgado em Bruxelas. A nota, assinada pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente de turno da UE, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, pede, ainda, a Washington que concretize seu apoio financeiro para ajudar os países pobres a enfrentar a mudança climática. A redução de emissões nos países industrializados e a ajuda econômica que darão ao Terceiro Mundo serão os eixos da Conferência internacional de Copenhague, entre 7 e 18 de dezembro, destinada a alcançar um acordo contra a mudança climática. A China, que nesta quinta-feira anunciou que reduziria suas emissões de carbono (intensidade em CO2: emissões por unidade do PIB) entre 40% e 45% em relação ao nível de 2005, recebeu nota positiva da UE. Mesmo assim, a UE disse que "as propostas chinesa e americana representam, apenas, um primeiro passo, antes de reduções mais ambiciosas". A UE irá a Copenhague com uma meta de redução maior que as das demais potências: 20% das emissões até 2020 em relação aos níveis de 1990. "Continuaremos pedindo aos EUA, China e demais sócios nesta negociação que cheguem até os limites extremos possíveis para obter um acordo em Copenhague", que deve impedir que a temperatura global aumente 2ºC em relação ao período industrial, destacaram os dirigentes europeus.